terça-feira, 1 de novembro de 2011

Não te acorrentes ao que não vai voltar


Ninguém sente quando machuca, mas quando é machucado se revolta tanto, que passa a fazer-se de vitima! É tão... qual a palavra certa? Já sei: Hipócrita! Juro que da vontade de rir da cara da pessoa parada na sua frente, feito idiota, tentando expressar a sua dor e se matando para encontrar palavras em seu vocabulário para nos humilhar. Mas não consegue e isto não por não ter as palavras certas. Muito pelo contrário, as tem, mas sabe que elas vestem melhor a si próprio do que a quem esta pessoa quer machucar ou seria melhor dizer: “remachucar?”.

Eu fico pasmo com este tipo de situação! A pouco passei por isso e sei bem do que falo, cansei de ser feito de idiota nas mãos das pessoas, cansei de ser fantoche que a pessoa brinca e depois já não quer mais e larga de canto, mas quando sente uma “saudadezinha”  volta a procurar até se cansar novamente. Se permitirmos, esta história nunca ira se acabar e seremos eternamente trouxas.

Todo ato, traz uma consequência. Consequência que às vezes sabemos quais serão e as vezes não. Eu sabia exatamente qual seria a consequência do meu ato, quando resolvi machucar este “alguém”. Engraçado que foi a primeira vez que fiz isso, ou seja, pagar dor com dor, não sei se “bateu” mais forte ou não, mas paguei e a reação/consequência, foi exatamente a que eu esperava! Nossa eu juro que na situação que passei, era pra eu estar arrasado, mas a única vontade que eu tinha, era de dar muita risada, de chorar mesmo sabe. Me senti tão aliviado, tão feliz, tão liberto acima de tudo! Eu não precisei dizer nada, apenas escutar e consenti, pois as palavras que me eram dirigidas, não me serviam nem um pouco, mas só a quem falava e quem falava sabia perfeitamente disso, (o que era a melhor parte de se pensar rs).

Não estou dizendo aqui para a partir de agora, pagarem mal com mal, de forma alguma. Apenas não seja idiota por muito tempo! Eu poderia ter aceitado tudo numa boa e me calado (mais uma vez), diante da situação. Mas não! Cansei! Esta não foi a primeira, nem a segunda e tenho certeza de que não seria a última. Poderia então, aceitar o sofrimento e esperar pelo belo dia em que receberia esta chance que eu tanto sonhava. Mas não! Resolvi ser feliz!

Há uma frase que diz: “Não te acorrentes ao que não vai voltar” da escritora Vera Americano. Li ela nesta semana. Puts, não poderia ter chegado em melhor hora! É perfeita!!! Quantas vezes nos acorrentamos a um “amor”, por medo, (muitas vezes), de enfrentar a vida? E desperdiçamos lágrimas, perdemos noites de sono, perdemos boas risadas na companhia de nossos amigos, perdemos aquela festa que esperamos um mês para se divertir. Enfim, perdemos o mais precioso de todos: Nosso tempo! Ai me vem uma música: “...como as pedras imóveis na praia, eu fico ao seu lado, sem saber dos amores que a vida me trouxe e eu não pude viver...”

Vá viver! Sai deste quarto escuro, levante-se deste chão e pare de perder tempo com quem não te merece! Você não é esta pessoa que esta aí jogada na cama com essa roupa de dormir e/ou muito menos com essa cara de tristeza que qualquer pessoa que te olhe, mesmo que não te conheça, sabe que você não está bem!
Não que tristeza seja ruim, (dedicarei ainda uma cronica sobre ela!), mas não precisa ser vivida todos os dias!

SP. 21/10/11

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

A Farpa

Não, não é um filme de terror kk o nome ficou parecido, mas é outra coisa kkk Hoje eu machuquei feio o meu dedo, logo o dedo do meio da mão direita hehe Estava eu no trabalho, quando ao arrumar alguns dvd, uma farpa da madeira entrou com tudo, não na minha unha, o que tivesse sido melhor pra retirar, mas direto na carne, no canto esquerdo da unha, onde habita a cutícula. Puts que dor infernal! Corri para o ambulatório e o anjo que lá encontrei, ou melhor a anja, chamada Rosangela, conseguiu tirar parte desta farpa, puxando com uma pinça e com a ajuda da tesoura. Era uma farpa tão pequenininha que mal se podia enxergar, mas que causava uma dor tão imensa, que chegou a arrancar lágrimas de meus olhos.



Não queria pensar em mais nada, apenas em aliviar aquela dor e expulsar do meu dedo aquela farpa que não me pertencia! A enfermeira foi tão educada comigo, um amor de pessoa, teve muita paciência pra lhe dar com a situação, pois eu um homem de 1.91 de altura, estava me derramando em lágrimas, dores e gritos. Inclusive enquanto ela retira, chegou uma moça para ser atendida, dizendo que estava sentindo muita dor da famosa cólica. Ela disse que já a atendia e assim continuamos a sessão do descarrego hehehe Enquanto eu gritava de dor, podia-a se ouvir as risadas da menina que estava com cólica na sala ao lado. Eu disse em voz alta: “Pode ter certeza que a minha dor esta maior que a sua”, o que fez todos nós cairmos na risada.

Era impossível pensar em escrever ou até mesmo pensar em qualquer coisa naquele momento, só depois que estava mais aliviado é que me venho uma linha de pensamento para escrever esta crônica.

Qual a farpa da sua vida? Isso mesmo, aonde ela lhe dói? Não estou dizendo desta vez de uma farpa de madeira verdadeira como a que entrou em meu dedo. Estou usando-a como uma metáfora para melhor entendermos a maravilha que a vida.

Muitas vezes carregamos tantas farpas em nossas vidas, em nossos corações, que nos machucam tanto e na maioria destas vezes, são coisas tão pequenas, tão “bobas” e nós carregamos ela por tanto tempo, coisas tão insignificantes. Isto vai infeccionando, inchando e sempre piorando a situação. É preciso retirar esta farpa de nossa vida! Quase ninguém percebe, mas o rancor, a magoa, o ressentimento, só fazem mal a nós mesmo, nunca  a outra pessoa! A farpa só doía no meu dedo e não no dedo da enfermeira Rosangela. Pra ela talvez eu fosse somente mais um paciente com uma farpa no dedo. Ela não podia sentir a minha dor, minha agonia. Por tanto, a outra pessoa derrepente nem sente a dor que você esta sentindo e talvez até já se esqueceu. Pra dizer a verdade às vezes a gente guarda uma magoa tão antiga de um certo alguém que já nem lembramos mais o porque temos raiva desta pessoa.

É tão importante isso, por que perdemos tanto tempo com coisas tão inúteis, com dores que não lembramos? Retire esta farpa de você, livre-se dela, já chega! Já doeu demais. Para de remoer coisas do passado, viva o presente, o agora, ame-se mais, abra-se a vida e deixe que ela entre, assim como diz o mestre Gonzaguinha em sua música: “... e que essa vida entre assim, como se fosse o sol desvirginando a madrugada...”, a hora de viver e é essa! E depois que retiramos esta farpa, da um alivio tão grande é uma sensação tão gostosa, portanto para de perder tempo com o passado, viva o presente e para um melhor futuro!

SP. 09/10/11

Voltei a publicar meus textos!!! Depois de tanto tempo! Agora não paro mais! Muita coisa boa vem por ai! Aguardem! bjos